Extremistas muçulmanos envenenam mulheres que desejam estudar
Desde que o Afeganistão foi invadido
pelos Estados Unidos, há mais de uma década, os membros do Talibã têm diminuído
a sua influência nos rumos do país. Contudo, alguns aspectos da vida no país
continuam enfrentando barreiras e até mesmo retaliações por parte dos
extremistas muçulmanos.
Agências internacionais divulgaram hoje
que mais de 120 estudantes, todas meninas, além de três professoras foram
envenenados no norte do país. Esse é o segundo ataque do tipo este ano. A
polícia e as autoridades locais culpam os lideres islâmicos de promoverem esse
tipo de situação.
A maioria dos casos ocorreu na
província de Takhar, onde os milicianos talibãs, que se opõe à educação de
mulheres, usaram uma substância tóxica não identificada para contaminar o ar
das salas de aula. Com isso, várias alunas ficaram inconscientes e algumas
faleceram.
A agência de inteligência do
Afeganistão explicou que a intenção é forçar as escolas a serem fechadas antes
da retirada das tropas internacionais do país, prevista para os próximos meses.
“Ao envenenar essas garotas eles querem
criar um ambiente de medo. Eles querem fazer com que as famílias não mandem
mais as filhas para a escola. Parte dessa operação chamada de Ofensiva da
Primavera é lembrar da tradição islâmica ensinada por eles”, explicou Lutfullah
Mashal, um porta-voz do governo.
Mês passado, 150 alunas foram
envenenadas na região de Takhar, pois a água das escolas estava contaminada.
Ataques periódicos contra estudantes, professores e escolas, ocorrem com mais
frequência no sul e leste, regiões mais conservadoras do país.
Desde a saída do Talibã do poder, em
2001, as meninas afegãs voltaram a frequentar as escolas, algo proibido pelo
grupo que afirma que mulheres não podem trabalhar nem ter acesso à educação.
Oficialmente, o Ministério de Educação
do Afeganistão já registrou o fechamento de 550 escolas, localizadas em 11
províncias diferentes, onde o Talibã ainda tem forte apoio.
Fonte: Gospel Prime / Com informações Reuters e Associated Press
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