terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Criacionismo nas escolas: tendência mundial?

Os defensores do criacionismo estão agindo para difundir seus preceitos. Nos EUA, às vésperas do 203º aniversário de nascimento de Charles Darwin, parlamentares estão tomando medidas para limitar o ensino da teoria da evolução em escolas públicas. Enquanto o criacionismo defende que o mundo foi criado por uma força sobrenatural, associada pelos religiosos a Deus, a teoria darwinista defende que as espécies foram evoluindo através da seleção natural. Este processo significa que os mais fortes sobrevivem e com a combinação de seus genes geram filhos mais fortes. Assim, cada geração é mais forte que a anterior, e os fracos da espécie são extintos. Muitos ligam o ensino desse pensamento a conceitos de ateísmo, segundo o Urban Christian News.

O norte-americano republicano Jerry Bergevin, por exemplo, associa o ensino da teoria da evolução às atrocidades de Hitler e à falta de respeito aos direitos humanos em países como a União Soviética, Cuba, os nazistas e a China atual. Segundo sua declaração à publicação Concord Monitor, a ideia evolucionista “é uma visão de mundo que não contempla Deus. O ateísmo tem sido tentado em várias sociedades e tem induzido a crimes de desrespeito aos direitos dos cidadãos”. 

Diversas organizações de ateus vêm pedindo a retirada dos projetos de lei contra o evolucionismo. David Silverman, presidente da organização American Atheists (Ateus Americanos, em tradução livre), tem chamado os defensores do criacionismo de “fanáticos, ignorantes e até irritantes”.

No Brasil, onde o evolucionismo é ensinado em larga escala nas escolas, o criacionismo já está crescendo e ocupando um espaço maior nos livros didáticos. Essa é a opinião do professor de Novo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, reverendo Augustus Nicodemus. De acordo com entrevista concedida por ele ao site Origem e Destino, “as igrejas precisam promover mais encontros e eventos para debater o assunto e dissipar os mitos em torno tanto do evolucionismo quanto do criacionismo”.

Para o reverendo, os jovens cristãos muitas vezes não têm fundamentos sólidos para responder aos ataques de ateus e evolucionistas nas salas de aula e principalmente nas universidades. “Não é de admirar que muitos jovens evangélicos percam a fé quando entram na universidade, onde são confrontados com uma visão de mundo evolucionista, naturalista e ateia”, diz.

Um dos poucos argumentos que unem fé e ciência é a teoria do “designinteligente”, que afirma a existência de uma “mente inteligente” por trás de cada aspecto da vida, particularmente nas informações contidas nas moléculas de DNA das células.

Baseado em sua experiência pessoal, Nicodemus afirma que o fato de saber que é um ser humano criado à imagem do Criador do universo faz toda a diferença. “Entre outras coisas, me traz uma base epistemológica para apreciar e defender os valores como o amor ao próximo, a misericórdia e o perdão, a bondade, a busca da paz e da justiça e da defesa da vida humana e do meio ambiente”, conclui o estudioso.

(Christian Post)  via Criacionismo

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