Cristãos são presos sob falsas acusações feitas por extremistas
Mesquita em Bangladesh |
Em março, cristãos do movimento Caminho da Paz tinham organizado um campo de saúde de dois dias, oferecendo tratamento gratuito aos moradores pobres da área, no distrito de Damurhuda Chuadanga, a noroeste de Daca.
Cerca de 100 moradores participaram do acampamento para tratamentos gratuitos no primeiro dia, tendo sido tratados por um médico japonês. Mas dois dos organizadores cristãos e seus amigos foram presos com base no artigo 54 do código penal do país, segundo o qual a polícia tem poder para prender qualquer suspeito.
Eles foram libertados três dias depois de ter sido presos, pois a polícia não possuía provas suficientes para detê-los. Em 13 de abril, no entanto, a polícia os acusou de “ferir os sentimentos religiosos”, dizendo que eles estavam distribuindo material cristão aos pacientes durante o tratamento de saúde.
O médico voluntário japonês ofereceu folhetos cristãos e bíblias aos pacientes, dizendo-lhes que não eram obrigados a aceitar a literatura, segundo os cristãos. O médico estrangeiro não foi nominalmente identificado em nenhum dos casos.
O advogado Aksijul Islam disse à Compass que a polícia havia assediado seus clientes desde o início. “Foi um caso muito complicado”, disse Aksijul. “Mas as acusações do governo contra os cristãos eram infundadas, de modo que o Tribunal honrosamente os liberou.”
“Os cristãos foram acusados de distribuir panfletos para converter os muçulmanos pobres, portanto eles supostamente estavam ferindo os sentimentos religiosos das pessoas na área, o que não é verdade”, disse o advogado.
A constituição prevê liberdade para propagar assuntos religiosos em Bangladesh, mas as autoridades e as comunidades muitas vezes veem isso como uma forma de forçar as pessoas a se converterem ao cristianismo, segundo dados do relatório de Liberdade Religiosa de 2010.
Tradução: Portas Abertas
Fonte: Compass Direct
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